E agora, o poema da revelação de que a Ge saiu comigo no amigo oculto. Lindo!
Simplesmente Maria Angelical
Chegastes como um presente que surpreende.
Sua sensibilidade faz um passeio por todos
Os elementos que compõe a energia da
Nossa natureza... O ar, a água o fogo e a terra...
Há em você uma multiplicidade
De seres... A energia transmuta entre si
Em uma sutiliza de um tênue fio condutor
Da luz que emana de sua aura...
A simplicidade invade suas entranhas
Ao deliciar-se com os cantos dos pardais
No frescor das tardes das bucólicas cidades
Das Minas Gerais.
Inspira –se em emoções! Seu olhar vagueia
Em sonhos e busca seu tempo ainda menina...
Numa dicotomia de valores intrínsecos a alma...
A simplicidade à sabedoria desafia a Deusa Atena
És forte e traz em seu peito a força da terra...
És luz que ilumina com as energias que cortam
O ar em raios e trovões os céus em noites
De chuva... Chora a terra em alegria por existires...
És a mãe, o útero sagrado em suas composições.
Poéticas...Embala em seus sonhos os sonhos
Dos filhos seus...Acaricia com a ternura do olhar
Do afago os grandes amores gerados pelas emoções.
És a água cristalina que brota num pequenino
Olho d’água... Que brota da terra fértil...
Tua luz alastra pela vida como as labaredas
De fogo lambendo o inútil e fazendo renascer vida.
És simplesmente Maria... Angelical!
Ge Fazio
domingo, dezembro 17, 2006
Amiga Secreta
Esse poema ganhei da Ge Fazio quando ainda era amiga oculta, nem tão oculta assim!
Muito obrigada à Ge por todo o carinho com que para mim.
Amiga(o) Secreta(o)
Amiga menina, amigo menino.
Nem sei... És corpo de princesa
Porte de rainha e a força
De um grande rei.
Assim me pareces!
És a majestade de teu ninho...
Hoje teu Reino...
Que belo rosto nos apresenta
teu álbum de fotos
E de lembranças...
Dizem que tu és tão doce
Quanto os potes cheios de mel.
De brincadeiras...
Faz-te Criança
Brinca, corre trazendo brilho
por ande passas...
Dorme o sono mais profundo
e abre os olhos...
E já está
Entre os melados e as rapaduras
da antiga roça...
Ah! Que saudade
que também tenho do tão
Famoso capim gordura
da minha infância igual aTua...
Tão natural em nossa terra...
Lembra de teu tempo criança?
Ah! Amiga, amiga não estás mais tão oculto!
Faz parte de minha terra querida...
Meu berço que vejo asVez oculta...
Morro de amores por todo o povo
Da linda região sul
e amo demais a turma do nordeste
Posso andar pelo norte
E jamais abandono
o Meu querido Sudeste!
Amiga menina, amigo menino.
Nem sei... És corpo de princesa
Porte de rainha
e a força de um grande rei.
Assim me pareces!
Ge Fazio
Muito obrigada à Ge por todo o carinho com que para mim.
Amiga(o) Secreta(o)
Amiga menina, amigo menino.
Nem sei... És corpo de princesa
Porte de rainha e a força
De um grande rei.
Assim me pareces!
És a majestade de teu ninho...
Hoje teu Reino...
Que belo rosto nos apresenta
teu álbum de fotos
E de lembranças...
Dizem que tu és tão doce
Quanto os potes cheios de mel.
De brincadeiras...
Faz-te Criança
Brinca, corre trazendo brilho
por ande passas...
Dorme o sono mais profundo
e abre os olhos...
E já está
Entre os melados e as rapaduras
da antiga roça...
Ah! Que saudade
que também tenho do tão
Famoso capim gordura
da minha infância igual aTua...
Tão natural em nossa terra...
Lembra de teu tempo criança?
Ah! Amiga, amiga não estás mais tão oculto!
Faz parte de minha terra querida...
Meu berço que vejo asVez oculta...
Morro de amores por todo o povo
Da linda região sul
e amo demais a turma do nordeste
Posso andar pelo norte
E jamais abandono
o Meu querido Sudeste!
Amiga menina, amigo menino.
Nem sei... És corpo de princesa
Porte de rainha
e a força de um grande rei.
Assim me pareces!
Ge Fazio
quarta-feira, novembro 22, 2006
Adorno
Adorno
adorna meu leito
lembranças
acalento no peito
um colar de corais
colhidos na infância
som das ondas
entre os dedos
recreio
mãos em concha
aconchegando instâncias
virgínia f. além mar 21/11/2006
agradecida à Poeta Maria Angélica
por mais este despertar !
adorna meu leito
lembranças
acalento no peito
um colar de corais
colhidos na infância
som das ondas
entre os dedos
recreio
mãos em concha
aconchegando instâncias
virgínia f. além mar 21/11/2006
agradecida à Poeta Maria Angélica
por mais este despertar !
terça-feira, novembro 21, 2006
Convite
quarta-feira, outubro 25, 2006
Corais
Corais
Corais colhidos na areia
partidos pelo mar deixados
corais que a população nem nota
alheia a como são lindos
à beira da praia caídos
corais que a menina pega
empilha, forma castelos
e sonha reis e rainhas
dragões e príncipe belos
Não sei qual mais singelo
a cor no corado da menina
ou o coral que o mar traz pra ela
Corais colhidos na areia
partidos pelo mar deixados
corais que a população nem nota
alheia a como são lindos
à beira da praia caídos
corais que a menina pega
empilha, forma castelos
e sonha reis e rainhas
dragões e príncipe belos
Não sei qual mais singelo
a cor no corado da menina
ou o coral que o mar traz pra ela
quarta-feira, setembro 27, 2006
Indignação
Indignação
trabalhadores brasileiros
exaustos adoecem e têm
queda de produtividade
temos a pior
câmara legisladora
de todos os tempos
a violência comandada
de dentro dos presídios
oprime a sociedade toda
a novidade
fica sempre mais importante
que a maturidade
a poluição destrói
os rios secam
as matas caem
mas os gritos dos ecologistas
não ecoam nos lares
nosso povo se embriaga
na multiplicação dos bares
crianças e jovens
que se atrevem a gritar
contra um sistema que oprime
dá privilégio a informações
deixa tempo mínimo às ações
estão sendo medicadas
pra diminuir a atividade
estou tendo indigestão
de tanta notícia ruim
de tanta informação atravessada
que não escolhi alimentar
me sinto indignada!
trabalhadores brasileiros
exaustos adoecem e têm
queda de produtividade
temos a pior
câmara legisladora
de todos os tempos
a violência comandada
de dentro dos presídios
oprime a sociedade toda
a novidade
fica sempre mais importante
que a maturidade
a poluição destrói
os rios secam
as matas caem
mas os gritos dos ecologistas
não ecoam nos lares
nosso povo se embriaga
na multiplicação dos bares
crianças e jovens
que se atrevem a gritar
contra um sistema que oprime
dá privilégio a informações
deixa tempo mínimo às ações
estão sendo medicadas
pra diminuir a atividade
estou tendo indigestão
de tanta notícia ruim
de tanta informação atravessada
que não escolhi alimentar
me sinto indignada!
Inversões
Inversões
De tanto ver
a morte estampada na TV,
ela não me surpreende mais
De tanto ouvir
sobre a violência dos marginais,
o cidadão se prender
se tornou regra geral
De tanto presenciar
a bebida dominar a mente,
o estranho é a sobriedade
De tanto ler
sobre a violência
em manchetes garrafais,
ser pacífico ou pacificador
é que se tornou marginal
De tanto ver o amor banalizado,
o que passou a importar aos casais
é o encontro na relação sexual
a corrupção se tornou banal,
a religião saiu das relações,
entrou em templos como espetáculo
ser político é buscar bem material
Essa medéia com seus tentáculo
invade o privado e o social
Nadando contra essa corrente
pareço ser incoerente
O que deveria ser coletivo
passa a opinião individual
Com tanta tecnologia,
viver na simplicidade
já não é natural
De tanto ver
a morte estampada na TV,
ela não me surpreende mais
De tanto ouvir
sobre a violência dos marginais,
o cidadão se prender
se tornou regra geral
De tanto presenciar
a bebida dominar a mente,
o estranho é a sobriedade
De tanto ler
sobre a violência
em manchetes garrafais,
ser pacífico ou pacificador
é que se tornou marginal
De tanto ver o amor banalizado,
o que passou a importar aos casais
é o encontro na relação sexual
a corrupção se tornou banal,
a religião saiu das relações,
entrou em templos como espetáculo
ser político é buscar bem material
Essa medéia com seus tentáculo
invade o privado e o social
Nadando contra essa corrente
pareço ser incoerente
O que deveria ser coletivo
passa a opinião individual
Com tanta tecnologia,
viver na simplicidade
já não é natural
segunda-feira, setembro 18, 2006
Antologias
terça-feira, setembro 05, 2006
Insônia
Insônia
Meu corpo rola na cama
e minha mente viaja
a lugares distantes
Encontro pessoas
Crio cenas mirabolantes
Meu corpo rola na cama
e minha mente remoça
volta no tempo, encontra
vê de novo fatos vividos
gente não mais conhecidas
deixadas e perdidas atrás
Meu corpo rola na cama
e minha mente antecipa
encontros, espaços, tempo
crio as falas diálogos
fico dona de mentes alheias
falo comigo o tempo inteiro
Meu corpo rola na cama
e minha mente viaja
a lugares distantes
Encontro pessoas
Crio cenas mirabolantes
Meu corpo rola na cama
e minha mente remoça
volta no tempo, encontra
vê de novo fatos vividos
gente não mais conhecidas
deixadas e perdidas atrás
Meu corpo rola na cama
e minha mente antecipa
encontros, espaços, tempo
crio as falas diálogos
fico dona de mentes alheias
falo comigo o tempo inteiro
Insônia II
Insônia II
Quando acordo
nas madrugadas
o pensamento vai longe
resolvo velhos problemas
às vezes invento novos
Quando acordo
nas madrugadas
o pensamento vai longe
resolvo velhos problemas
às vezes invento novos
Antologia do Congresso
sexta-feira, agosto 25, 2006
Leveza
Missão
Homenagem ao Ludiro, escrita pela poetisa Benvinda Palma
Missão
Entre bombas e ogivas,
canhões, trincheiras,
Corpo cansado, à deriva,
Sob o Sol, chuva, sereno,
Suor, sangue, solidão,
Que a vida não é brincadeira!
Assim caminhava aquele soldado,
Deixando seus sonhos de lado,
Deixando planos engavetados,
Deixando seu amor, o aconchego do lar,
Deixando o lazer, a alegria,
Tendo apenas como companhia,
A nefasta missão de defender a pátria idolatrada!
Benvinda Palma
terça-feira, agosto 08, 2006
muro
muro
não lembro ao certo
quando o muro foi erguido
foi surgindo aos poucos,
uma palavra áspera aqui,
um descaso acolá
e quando percebemos,
estava pronto
e desde então,
tem nos dividido ao meio
Ademir Antonio Bacca, do livro "Plano de Vôo"
não lembro ao certo
quando o muro foi erguido
foi surgindo aos poucos,
uma palavra áspera aqui,
um descaso acolá
e quando percebemos,
estava pronto
e desde então,
tem nos dividido ao meio
Ademir Antonio Bacca, do livro "Plano de Vôo"
Tentativa de Suicídio
Imagem fantástica nesse haicai escolhido dentre outros de Leila Míccolis!
Tentativa de Suicídio
Foi ao toalete,
e cortou os sonhos
a gilete.
Tentativa de Suicídio
Foi ao toalete,
e cortou os sonhos
a gilete.
a Blocos online
Uma homenagem a Blocos online:
Com blocos de concreto: prédios,
com Blocos de emoção: prosa e versos online
Com blocos de concreto: prédios,
com Blocos de emoção: prosa e versos online
segunda-feira, agosto 07, 2006
Poema da Benvinda
Se todo rabisco fosse assim, uma obra prima...
Este é da Benvinda Palma.
Leiam e vejam como tenho razão!
Espinhos
Nasceu uma linda Rosa em meu jardim.
Rara, de um perfume excitante!
Que me deixava embriagada e
O meu desejo despertava a todo instante!
Cuidei dela com todo carinho,
Dispensei a ela todo meu amor!
Mas ela também tinha espinhos!
Benvinda Palma
Este é da Benvinda Palma.
Leiam e vejam como tenho razão!
Espinhos
Nasceu uma linda Rosa em meu jardim.
Rara, de um perfume excitante!
Que me deixava embriagada e
O meu desejo despertava a todo instante!
Cuidei dela com todo carinho,
Dispensei a ela todo meu amor!
Mas ela também tinha espinhos!
Benvinda Palma
quinta-feira, agosto 03, 2006
Desvelo
se me escondo em máscaras
revelo o disfarce
se oculto as raivas
revelo o medo
se desconheço as mudanças
revelo a permanência
em tudo que escondo
há desvelar de sentimentos
revelo o disfarce
se oculto as raivas
revelo o medo
se desconheço as mudanças
revelo a permanência
em tudo que escondo
há desvelar de sentimentos
segunda-feira, julho 31, 2006
Permanência
Permanência
que queres cancelar?
o encontro com o amor;
a viagem do amanhã;
o compromisso consigo?
o que queres visualizar?
a mesma estrada trilhada;
o mesmo ar que te envolve;
os mesmos seres que éramos?
não há como submeter
o mundo ao desejo teu
o tempo ainda segue
há vida pra se viver
o futuro se anuncia
não negue o movimento
que queres cancelar?
o encontro com o amor;
a viagem do amanhã;
o compromisso consigo?
o que queres visualizar?
a mesma estrada trilhada;
o mesmo ar que te envolve;
os mesmos seres que éramos?
não há como submeter
o mundo ao desejo teu
o tempo ainda segue
há vida pra se viver
o futuro se anuncia
não negue o movimento
Sonho
Morreu meu sonho
de ser mestra ou doutora
na universidade
Passou o tempo de sonhá-lo
Morreu meu sonho
de ter bodas de diamante
no casamento que tive
Desfez-se em tempo passado
Ainda vive o sonho
de escrever em versos
a vida vivida
Brota a todo momento em mim
de ser mestra ou doutora
na universidade
Passou o tempo de sonhá-lo
Morreu meu sonho
de ter bodas de diamante
no casamento que tive
Desfez-se em tempo passado
Ainda vive o sonho
de escrever em versos
a vida vivida
Brota a todo momento em mim
Clareado
Clareado
quando escrevo as palavras
algo escuro se vai
pra longe de mim
quando registro o pensamento
algo recolho de claro
pra dentro de mim
quando brota um poema
deixo uma brecha da leitura
que fiz do sonho
acordado em mim
quando escrevo as palavras
algo escuro se vai
pra longe de mim
quando registro o pensamento
algo recolho de claro
pra dentro de mim
quando brota um poema
deixo uma brecha da leitura
que fiz do sonho
acordado em mim
Transatlânticos
Transatlânticos
Nos barcos de papel que hoje faço
escrevo um poema de Quintana
o poema cujas asas batem forte
e levam os meus barcos ao oceano
Nos barcos de papel que hoje faço
escrevo um poema de Quintana
o poema cujas asas batem forte
e levam os meus barcos ao oceano
segunda-feira, julho 24, 2006
Agradecimento
Ao meu amigo Ludiro, que conheci no orkut, através de seus poemas
e que me presenteou com esse blog, muito obrigada!
Que você, também, Ludiro, encontre muitos amigos, sempre dispostos a ajudá-lo, caso você precise.
MariaAngélica/Bilá
e que me presenteou com esse blog, muito obrigada!
Que você, também, Ludiro, encontre muitos amigos, sempre dispostos a ajudá-lo, caso você precise.
MariaAngélica/Bilá
Identidade
Identidade
Ser Angélica
Mas não ser anjo
Ser Maria,
E não ser imaculada
Tocar-me
Ser tocada
Olhar-me mulher de desejos...
Ser olhada.
Apesar do nome,
Sexuada,
amante e amada.
Ser Angélica
Mas não ser anjo
Ser Maria,
E não ser imaculada
Tocar-me
Ser tocada
Olhar-me mulher de desejos...
Ser olhada.
Apesar do nome,
Sexuada,
amante e amada.
Síntese
Conclusões
Conclusões
Por medo de me perder
é que você
acabou me perdendo de vez
Por construir muros
que eu escalava
a duras penas
Por colocar algemas
cujas chaves escondidas
me desafiavam a buscar
o perdido
Por me impedir
você me empurrou
caí em um precipício
que aprendi a escalar
transformei-o em um pico
a alcançar
Na subida,
Posso cair novamente
mas encontrei o caminho
Já sei sair
domingo, julho 09, 2006
Carlos Drumond de Andrade
Li e gostei
Perder, ganhar, viver
Colunas
Drummond escreveu este texto para o Jornal do Brasil logo após a eliminação da seleção brasileira diante da Itália na Copa do Mundo da Espanha, em 1982. Nada mais atual e oportuno o lirismo de nosso maior poeta para enaltecer a vida como a maior dávida do ser humano, muito além das Copas e dos grandes negócios.
03/07/2006 - Carlos Drumond de Andrade, Jornal do Brasil, 21 de junho de 1982
Vi gente chorando na rua, quando o juiz apitou o final do jogo perdido; vi homens e mulheres pisando com ódio os plásticos verde-amarelos que até minutos antes eram sagrados; vi bêbados inconsoláveis que já não sabiam por que não achavam consolo na bebida; vi rapazes e moças festejando a derrota para não deixarem de festejar qualquer coisa, pois seus corações estavam programados para a alegria; vi o técnico incansável e teimoso da Seleção xingado de bandido e queimado vivo sob a aparência de um boneco, enquanto o jogador que errara muitas vezes ao chutar em gol era declarado o último dos traidores da pátria; vi a notícia do suicida do Ceará e dos mortos do coração por motivo do fracasso esportivo; vi a dor dissolvida em uísque escocês da classe média alta e o surdo clamor de desespero dos pequeninos, pela mesma causa; vi o garotão mudar o gênero das palavras, acusando a mina de pé-fria; vi a decepção controlada do presidente, que se preparava, como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de tudo, inclusive das eleições; vi a aflição dos produtores e vendedores de bandeirinhas, flâmuIas e símbolos diversos do esperado e exigido título de campeões do mundo pela quarta vez, e já agora destinados à ironia do lixo; vi a tristeza dos varredores da limpeza pública e dos faxineiros de edifícios, removendo os destroços da esperança; vi tanta coisa, senti tanta coisa nas almas...
Chego à conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente, é afinal instrumento de renovação da vida. Tanto quanto a vitória estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo. Se uma sucessão de derrotas é arrasadora, também a sucessão constante de vitórias traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados pós-voluptuosos, que inutiliza o indivíduo e a comunidade atuantes. Perder implica remoção de detritos: começar de novo.
Certamente, fizemos tudo para ganhar esta caprichosa Copa do Mundo. Mas será suficiente fazer tudo, e exigir da sorte um resultado infalível? Não é mais sensato atribuir ao acaso, ao imponderável, até mesmo ao absurdo, um poder de transformação das coisas, capaz de anular os cálculos mais científicos? Se a Seleção fosse à Espanha, terra de castelos míticos, apenas para pegar o caneco e trazê-lo na mala, como propriedade exclusiva e inalienável do Brasil, que mérito haveria nisso? Na realidade, nós fomos lá pelo gosto do incerto, do difícil, da fantasia e do risco, e não para recolher um objeto roubado. A verdade é que não voltamos de mãos vazias porque não trouxemos a taça. Trouxemos alguma coisa boa e palpável, conquista do espírito de competição. Suplantamos quatro seleções igualmente ambiciosas e perdemos para a quinta. A Itália não tinha obrigação de perder para o nosso gênio futebolístico. Em peleja de igual para igual, a sorte não nos contemplou. Paciência, não vamos transformar em desastre nacional o que foi apenas uma experiência, como tantas outras, da volubilidade das coisas.
Perdendo, após o emocionalismo das lágrimas, readquirimos ou adquirimos, na maioria das cabeças, o senso da moderação, do real contraditório, mas rico de possibilidades, a verdadeira dimensão da vida. Não somos invencíveis. Também não somos uns pobres diabos que jamais atingirão a grandeza, este valor tão relativo, com tendência a evaporar-se. Eu gostaria de passar a mão na cabeça de Telê Santana e de seus jogadores, reservas e reservas de reservas, como Roberto Dinamite, o viajante não utilizado, e dizer-lhes, com esse gesto, o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o gesto vale por tudo, e bem o compreendemos em sua doçura solidária. Ora, o Telê! Ora, os atletas! Ora, a sorte! A Copa do Mundo de 82 acabou para nós, mas o mundo não acabou. Nem o Brasil, com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos.
E agora, amigos torcedores, que tal a gente começar a trabalhar, que o ano já está na segunda metade?
Fonte: http://www.clubedejazz.com.br/noticias/noticia.php?noticia_id=338
Perder, ganhar, viver
Colunas
Drummond escreveu este texto para o Jornal do Brasil logo após a eliminação da seleção brasileira diante da Itália na Copa do Mundo da Espanha, em 1982. Nada mais atual e oportuno o lirismo de nosso maior poeta para enaltecer a vida como a maior dávida do ser humano, muito além das Copas e dos grandes negócios.
03/07/2006 - Carlos Drumond de Andrade, Jornal do Brasil, 21 de junho de 1982
Vi gente chorando na rua, quando o juiz apitou o final do jogo perdido; vi homens e mulheres pisando com ódio os plásticos verde-amarelos que até minutos antes eram sagrados; vi bêbados inconsoláveis que já não sabiam por que não achavam consolo na bebida; vi rapazes e moças festejando a derrota para não deixarem de festejar qualquer coisa, pois seus corações estavam programados para a alegria; vi o técnico incansável e teimoso da Seleção xingado de bandido e queimado vivo sob a aparência de um boneco, enquanto o jogador que errara muitas vezes ao chutar em gol era declarado o último dos traidores da pátria; vi a notícia do suicida do Ceará e dos mortos do coração por motivo do fracasso esportivo; vi a dor dissolvida em uísque escocês da classe média alta e o surdo clamor de desespero dos pequeninos, pela mesma causa; vi o garotão mudar o gênero das palavras, acusando a mina de pé-fria; vi a decepção controlada do presidente, que se preparava, como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de tudo, inclusive das eleições; vi a aflição dos produtores e vendedores de bandeirinhas, flâmuIas e símbolos diversos do esperado e exigido título de campeões do mundo pela quarta vez, e já agora destinados à ironia do lixo; vi a tristeza dos varredores da limpeza pública e dos faxineiros de edifícios, removendo os destroços da esperança; vi tanta coisa, senti tanta coisa nas almas...
Chego à conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente, é afinal instrumento de renovação da vida. Tanto quanto a vitória estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo. Se uma sucessão de derrotas é arrasadora, também a sucessão constante de vitórias traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados pós-voluptuosos, que inutiliza o indivíduo e a comunidade atuantes. Perder implica remoção de detritos: começar de novo.
Certamente, fizemos tudo para ganhar esta caprichosa Copa do Mundo. Mas será suficiente fazer tudo, e exigir da sorte um resultado infalível? Não é mais sensato atribuir ao acaso, ao imponderável, até mesmo ao absurdo, um poder de transformação das coisas, capaz de anular os cálculos mais científicos? Se a Seleção fosse à Espanha, terra de castelos míticos, apenas para pegar o caneco e trazê-lo na mala, como propriedade exclusiva e inalienável do Brasil, que mérito haveria nisso? Na realidade, nós fomos lá pelo gosto do incerto, do difícil, da fantasia e do risco, e não para recolher um objeto roubado. A verdade é que não voltamos de mãos vazias porque não trouxemos a taça. Trouxemos alguma coisa boa e palpável, conquista do espírito de competição. Suplantamos quatro seleções igualmente ambiciosas e perdemos para a quinta. A Itália não tinha obrigação de perder para o nosso gênio futebolístico. Em peleja de igual para igual, a sorte não nos contemplou. Paciência, não vamos transformar em desastre nacional o que foi apenas uma experiência, como tantas outras, da volubilidade das coisas.
Perdendo, após o emocionalismo das lágrimas, readquirimos ou adquirimos, na maioria das cabeças, o senso da moderação, do real contraditório, mas rico de possibilidades, a verdadeira dimensão da vida. Não somos invencíveis. Também não somos uns pobres diabos que jamais atingirão a grandeza, este valor tão relativo, com tendência a evaporar-se. Eu gostaria de passar a mão na cabeça de Telê Santana e de seus jogadores, reservas e reservas de reservas, como Roberto Dinamite, o viajante não utilizado, e dizer-lhes, com esse gesto, o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o gesto vale por tudo, e bem o compreendemos em sua doçura solidária. Ora, o Telê! Ora, os atletas! Ora, a sorte! A Copa do Mundo de 82 acabou para nós, mas o mundo não acabou. Nem o Brasil, com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos.
E agora, amigos torcedores, que tal a gente começar a trabalhar, que o ano já está na segunda metade?
Fonte: http://www.clubedejazz.com.br/noticias/noticia.php?noticia_id=338
terça-feira, junho 27, 2006
de Rosângela B. Gontijo
A FAZENDA
EU TENHO UMA CASA NO CAMPO.
EU QUERIA VIVER LÁ.
A COZINHA ENSOLARADA,CLARA,
CHEIRANDO A COMIDA NO AR.
A REDE NA VARANDA,
PRA DESCANSAR.
O VERDE DA RELVA,
OS PÁSSAROS A CANTAR.
MÚSICA, RISOS
A CONVERSA AO PÉ DO OUVIDO,
O PÔR-DO-SOL VERMELHO
O FOGO A CREPITAR.
O CÉU AZUL É NOSSO
O SOL MORNO AQUECE,
O CORPO E A ALMA.
É LÁ QUE EU QUERIA ESTAR!
NA CASA EU QUERO BRINCAR.
E QUANDO A NOITE CHEGA,
O FOGO DANÇA NA CHURRASQUEIRA.
E A GENTE VAI DANÇAR.
O CÓRREGO CANTA
DEBAIXO DA JANELA
E, COMO SERENATA
ME FAZ ACORDAR.
LONGE, O MUGIDO DE UMA VACA
O CORPO CANSADO
PESADO DE COBERTAS
O VENTO SOPRA
SOBRE NOSSAS CABEÇAS,
O CORAÇÃO ESTÁ EM PAZ.
A ALMA ESTÁ LEVE
E EU ESTOU FELIZ!
DE DIA A MENINA BRINCA
À NOITE A MULHER SONHA
E...NÃO QUER ACORDAR!
Rosângela B.G.
EU TENHO UMA CASA NO CAMPO.
EU QUERIA VIVER LÁ.
A COZINHA ENSOLARADA,CLARA,
CHEIRANDO A COMIDA NO AR.
A REDE NA VARANDA,
PRA DESCANSAR.
O VERDE DA RELVA,
OS PÁSSAROS A CANTAR.
MÚSICA, RISOS
A CONVERSA AO PÉ DO OUVIDO,
O PÔR-DO-SOL VERMELHO
O FOGO A CREPITAR.
O CÉU AZUL É NOSSO
O SOL MORNO AQUECE,
O CORPO E A ALMA.
É LÁ QUE EU QUERIA ESTAR!
NA CASA EU QUERO BRINCAR.
E QUANDO A NOITE CHEGA,
O FOGO DANÇA NA CHURRASQUEIRA.
E A GENTE VAI DANÇAR.
O CÓRREGO CANTA
DEBAIXO DA JANELA
E, COMO SERENATA
ME FAZ ACORDAR.
LONGE, O MUGIDO DE UMA VACA
O CORPO CANSADO
PESADO DE COBERTAS
O VENTO SOPRA
SOBRE NOSSAS CABEÇAS,
O CORAÇÃO ESTÁ EM PAZ.
A ALMA ESTÁ LEVE
E EU ESTOU FELIZ!
DE DIA A MENINA BRINCA
À NOITE A MULHER SONHA
E...NÃO QUER ACORDAR!
Rosângela B.G.
quinta-feira, junho 22, 2006
Rouxinol
Rouxinol
Seu trinado
atravessa as matas
como um tornado
rompe o silêncio
escala escarpas
penetra a folhagem
percorre os espaços
propaga-se no ar
é o rouxinol
pequeno pássaro
do Rio Negro
na Europa e na Ásia
habita também
seu canto potente
ondas sonoras
harmoniosas
emudecem
os demais sons
da natureza
é o rouxinol
pequeno pássaro
seu belo canto
quem ouve se encanta
MariaAngélica/Bilá04/06/2006
Seu trinado
atravessa as matas
como um tornado
rompe o silêncio
escala escarpas
penetra a folhagem
percorre os espaços
propaga-se no ar
é o rouxinol
pequeno pássaro
do Rio Negro
na Europa e na Ásia
habita também
seu canto potente
ondas sonoras
harmoniosas
emudecem
os demais sons
da natureza
é o rouxinol
pequeno pássaro
seu belo canto
quem ouve se encanta
MariaAngélica/Bilá04/06/2006
Lado a lado
Lado a lado
O que me vai n’alma
ante um novo amor
são perguntas mil
sem respostas buscar
Vivo a expectativa
de um sentimento
amadurecendo
um amor sensato
diálogos sem aparatos
sinceras sugestões
O que me vai n’alma
é um crescente de ser
parceira outra vez
com as experiências
ensinando
a não sermos um
mas dois lado a lado
de mãos dadas
enfrentando, indo fundo
vivendo no mundo
a vida que aparece
O que me vai na alma
é um amor comedido
mas cheio de sentido
que me acalma
Para Otaviano
Maio/2006
O que me vai n’alma
ante um novo amor
são perguntas mil
sem respostas buscar
Vivo a expectativa
de um sentimento
amadurecendo
um amor sensato
diálogos sem aparatos
sinceras sugestões
O que me vai n’alma
é um crescente de ser
parceira outra vez
com as experiências
ensinando
a não sermos um
mas dois lado a lado
de mãos dadas
enfrentando, indo fundo
vivendo no mundo
a vida que aparece
O que me vai na alma
é um amor comedido
mas cheio de sentido
que me acalma
Para Otaviano
Maio/2006
quarta-feira, junho 14, 2006
de Jenario de Fatima
Dias de jogos do Brasil
Jenario De Fátima
Como é bom ver o mundo
curvado aos nossos pés
nós, os subdesenvolvidos
nós do terceiro mundo
nós, abaixo da linha do Equador
E o futebol, que coisa linda,
não exige beleza física,
não exige ser "bem nascido"
não exige "berço de ouro"
Exige sim, Dom...
e nossos Jogadores
agora ricos...muito ricos
Mas suas riquezas
feitas de arte e seu suor
Como é bom
ver os dentes salientes
de Ronaldinho Gaúcho
Não teve dinheiro
pra corrigí-los
quando criança, jovem
e agora os exibe
pro mundo inteiro
Como é bom ver
o bóia-fria Roberto Carlos
O outro suburbano Ronaldo
(Fenômeno segundo os Italianos)
E Cafú e Dida
e mesmo Kacá(classe média)
Errado dizer que os Ingleses
inventaram o Futebol
Eles tinham a teoria
Futebol quem inventou
fomos nós.
Jenario escreve belos sonetos que vale a pena conferir.
Jenario De Fátima
Como é bom ver o mundo
curvado aos nossos pés
nós, os subdesenvolvidos
nós do terceiro mundo
nós, abaixo da linha do Equador
E o futebol, que coisa linda,
não exige beleza física,
não exige ser "bem nascido"
não exige "berço de ouro"
Exige sim, Dom...
e nossos Jogadores
agora ricos...muito ricos
Mas suas riquezas
feitas de arte e seu suor
Como é bom
ver os dentes salientes
de Ronaldinho Gaúcho
Não teve dinheiro
pra corrigí-los
quando criança, jovem
e agora os exibe
pro mundo inteiro
Como é bom ver
o bóia-fria Roberto Carlos
O outro suburbano Ronaldo
(Fenômeno segundo os Italianos)
E Cafú e Dida
e mesmo Kacá(classe média)
Errado dizer que os Ingleses
inventaram o Futebol
Eles tinham a teoria
Futebol quem inventou
fomos nós.
Jenario escreve belos sonetos que vale a pena conferir.
Brasilidade
Brasilidade
em dias de copa
o que me vem à mente
é um desejo
de que esse clima perdure
que as bandeiras tremulem
em todos os anos e dias
que nossos jogadores
sejam um grande exemplo
de trabalho, grupo unido
investimento, humildade
que os adversários
se mantenham unidos
num só objetivo
que o bem do país
seja a finalidade
e que o país seja o povo
que se busque igualdade
paz e fraternidade
MariaAngélica/Bilá
em dias de copa
o que me vem à mente
é um desejo
de que esse clima perdure
que as bandeiras tremulem
em todos os anos e dias
que nossos jogadores
sejam um grande exemplo
de trabalho, grupo unido
investimento, humildade
que os adversários
se mantenham unidos
num só objetivo
que o bem do país
seja a finalidade
e que o país seja o povo
que se busque igualdade
paz e fraternidade
MariaAngélica/Bilá
Torcer pelo Brasil
Hoje quero
torcer pelo Brasil
Não pelo Brasil do futebol
quero torcer
pelo Brasil do povo brasileiro
pela honestidade
dos políticos
pela consciência dos eleitores
Hoje quero
torcer pelo Brasil
pelo emprego dos adultos
pelo estudo dos jovens
pela saúde das crianças e dos idosos
pelo verde-amarelo em todas as ocasiões
Hoje quero
torcer pelo Brasil
o Brasil que habita as favelas
que encontre dignidade nelas
o Brasil que habita os campos
que produza alimento
o Brasil que vive no urbano
que ali haja paz, convivência
menos poder
mais solidariedade
vivência em liberdade
liberdade que é
a paz tranquila
MariaAngélica/Bilá
torcer pelo Brasil
Não pelo Brasil do futebol
quero torcer
pelo Brasil do povo brasileiro
pela honestidade
dos políticos
pela consciência dos eleitores
Hoje quero
torcer pelo Brasil
pelo emprego dos adultos
pelo estudo dos jovens
pela saúde das crianças e dos idosos
pelo verde-amarelo em todas as ocasiões
Hoje quero
torcer pelo Brasil
o Brasil que habita as favelas
que encontre dignidade nelas
o Brasil que habita os campos
que produza alimento
o Brasil que vive no urbano
que ali haja paz, convivência
menos poder
mais solidariedade
vivência em liberdade
liberdade que é
a paz tranquila
MariaAngélica/Bilá
terça-feira, junho 06, 2006
Traição
Traição
A tua traição
foi levar o meu sol
a tua utopia
foi tentar seguir só
a tua promessa
se perdeu nas esquinas
deixas frestas
fumaça
ausência
Busco outro destino
Maria Angélica/Bilá - Jun 2006
A tua traição
foi levar o meu sol
a tua utopia
foi tentar seguir só
a tua promessa
se perdeu nas esquinas
deixas frestas
fumaça
ausência
Busco outro destino
Maria Angélica/Bilá - Jun 2006
sexta-feira, maio 19, 2006
de Sirlei Passolongo
Se eu pudesse...
Ser vento
Tocar sua pele
Ser água
Molhar seu corpo
Ser perfume
Para lhe fazer companhia
Ser seu travesseiro
Saber dos seus segredos
Ser sua caneta
Ter-lhe entre os dedos
Ser a música
Embalar você.
Ser riso
E viver em seus lábios.
(Sirlei L. Passolongo)
Ser vento
Tocar sua pele
Ser água
Molhar seu corpo
Ser perfume
Para lhe fazer companhia
Ser seu travesseiro
Saber dos seus segredos
Ser sua caneta
Ter-lhe entre os dedos
Ser a música
Embalar você.
Ser riso
E viver em seus lábios.
(Sirlei L. Passolongo)
quinta-feira, maio 18, 2006
de Isiara Caruso
Ampolleta
Los días pueden seguir naciendo,
las noches los siguen en muerte.
La muerte de las horas llenas,
siguen el compás del tiempo,
cortado en rebanadas,
por el reloj atento
a los segundos,
a los minutos
a las horas
a los días
y
así siguen
los hombres,
atentos al reloj,
que le separa en dos,
en tres, o en muchos más,
para nacer en cada aurora,
para morirse en fin a cada instante,
grano por grano con la arena que cae
lentamente llenando el tiempo que se agrieta.
Isiara Mieres Caruso
de Caetano Veloso
Cajuína
Caetano Veloso
Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
Caetano Veloso
Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
de Sônia Prazeres
canto,voz,silêncio
Um tremor corre pelas ruas
Avenidas inseguras
Ruas destruídas
Um canto de pavor ecoa.
A violência ergue a voz
E o inocente se atordoa;
Sente o peso do cansaço
A cada dia que corre
Preferiria o silêncio
A esta triste toada
De um poder que mente.
Como saber de proteção
Quem não garante alimento
Saúde e educação?
A autoridade repousa no amor e na razão!
Jorram promessas ao vento,
Acumula-se sofrimento e desesperança
A pátria amada de braços estendidos
Pede colo, ...olhar aflito de criança.
Sônia Prazeres
Um tremor corre pelas ruas
Avenidas inseguras
Ruas destruídas
Um canto de pavor ecoa.
A violência ergue a voz
E o inocente se atordoa;
Sente o peso do cansaço
A cada dia que corre
Preferiria o silêncio
A esta triste toada
De um poder que mente.
Como saber de proteção
Quem não garante alimento
Saúde e educação?
A autoridade repousa no amor e na razão!
Jorram promessas ao vento,
Acumula-se sofrimento e desesperança
A pátria amada de braços estendidos
Pede colo, ...olhar aflito de criança.
Sônia Prazeres
quarta-feira, maio 17, 2006
de Angela Padilha
Justiça dos Homens♥
Ângela Padilha
O tiro ecoa ao longe
No céu brilham metais,
No chão alvos fatais
E choros incontidos...
Não foi Deus...
Não fui Eu...
Foram Eles...
No chão leitos de sangue
Abrigam corpos calados,
Uns civis, outros soldados...
E olhares sobreviventes
Oram a Deus...
Pedem por Mim...
Temem por Eles...
Seja eu a calar seu grito,
A cravar seu peito insano,
Fazer justiça ao desumano
E tomar de volta a paz
Que Deus quer...
Que Eu quis...
Que Me fez um deles...
Cidades refletem nas chamas
A história de cada menina
Sepultada nas ruínas,
Num ritual antigo
Que não é de Deus...
Nem Meu...
É dos Homens!
Ângela Padilha
O tiro ecoa ao longe
No céu brilham metais,
No chão alvos fatais
E choros incontidos...
Não foi Deus...
Não fui Eu...
Foram Eles...
No chão leitos de sangue
Abrigam corpos calados,
Uns civis, outros soldados...
E olhares sobreviventes
Oram a Deus...
Pedem por Mim...
Temem por Eles...
Seja eu a calar seu grito,
A cravar seu peito insano,
Fazer justiça ao desumano
E tomar de volta a paz
Que Deus quer...
Que Eu quis...
Que Me fez um deles...
Cidades refletem nas chamas
A história de cada menina
Sepultada nas ruínas,
Num ritual antigo
Que não é de Deus...
Nem Meu...
É dos Homens!
quinta-feira, maio 11, 2006
Otimismo
Otimismo
o meu olhar é tendencioso
se recusa a ver o ruim
descobre flores na lama
percebe beleza em sucata
ouve música no barulho
a minha escuta seletiva
percebe silêncio em ruídos
encontra encanto em arrulho
a ingenuidade da infância
o sonho da adolescência
a crença no adulto humano
o mundo não me tirou
vivo e vejo harmonia
busco e sinto equilíbrio
crepúsculo só no horizonte
nasço sempre a cada dia
o meu olhar é tendencioso
se recusa a ver o ruim
descobre flores na lama
percebe beleza em sucata
ouve música no barulho
a minha escuta seletiva
percebe silêncio em ruídos
encontra encanto em arrulho
a ingenuidade da infância
o sonho da adolescência
a crença no adulto humano
o mundo não me tirou
vivo e vejo harmonia
busco e sinto equilíbrio
crepúsculo só no horizonte
nasço sempre a cada dia
Coragem
Coragem
Estar perdido
e procurar o rumo
Sentir saudades
e viver o presente
Enfrentar as verdades
sem temer os enganos
Encontrar-se imperfeito
aceitar-se e gostar do espelho
Poder se olhar
para se mostrar,
ser visto e ver-se
Surpreender nos encontros
cotidianos
Ao procurar o rumo
não se perder.
Estar perdido
e procurar o rumo
Sentir saudades
e viver o presente
Enfrentar as verdades
sem temer os enganos
Encontrar-se imperfeito
aceitar-se e gostar do espelho
Poder se olhar
para se mostrar,
ser visto e ver-se
Surpreender nos encontros
cotidianos
Ao procurar o rumo
não se perder.
domingo, maio 07, 2006
Infância em SAMonte
Melado de rapadura
doce de leite
em tacho de cobre
mamão ralado ou cortado
sabores de infância
em Samonte
nas décadas de
cinqüenta e sessenta
Cachos de bananas
amadurecendo
devoradas às ocultas
por Davi e eu
em campeonatos infantis
Depois o castigo a dois
cumprido entre
risos escondidos
por saberem merecido
mas não arrependidos
Das ruas, nos quarteirões
veículos não tinham vez
eram crianças
correndo
pegando
jogando
gritando
sem censura de adulto
Pra dormir havia hora
no mais era como vento
doce de leite
em tacho de cobre
mamão ralado ou cortado
sabores de infância
em Samonte
nas décadas de
cinqüenta e sessenta
Cachos de bananas
amadurecendo
devoradas às ocultas
por Davi e eu
em campeonatos infantis
Depois o castigo a dois
cumprido entre
risos escondidos
por saberem merecido
mas não arrependidos
Das ruas, nos quarteirões
veículos não tinham vez
eram crianças
correndo
pegando
jogando
gritando
sem censura de adulto
Pra dormir havia hora
no mais era como vento
quinta-feira, abril 27, 2006
Encontro
Estou indo ao encontro
de um sentido para a vida
um trabalho, um companheiro
que não ocupe o dia inteiro
que perfume suavemente
minha pele, minha alma
e que minha ânsia acalme
quinta-feira, abril 20, 2006
Mãos Mágicas
Ágil nos dedos
que movem a tesoura
Delicado no toque
da mecha que
Corta
Modela
Acaricia
Busca a melhor moldura
para o rosto do espelho
O olhar é dedicado
e crítico
Vê, além dos fios,
o desejo de quem
se entrega
às mágicas mãos
que deslizam
transformam e
vestem a cabeça
de nova imagem
e idéias novas
Escrito para o Flávio, do Tifs
que movem a tesoura
Delicado no toque
da mecha que
Corta
Modela
Acaricia
Busca a melhor moldura
para o rosto do espelho
O olhar é dedicado
e crítico
Vê, além dos fios,
o desejo de quem
se entrega
às mágicas mãos
que deslizam
transformam e
vestem a cabeça
de nova imagem
e idéias novas
Escrito para o Flávio, do Tifs
quarta-feira, abril 19, 2006
Ressurgir
Ressurgir
Páscoa, Nova Vida
recomeço
Páscoa, repensamento
resgate
Páscoa, nova crença
planos
Páscoa, ida e volta
reencontros
com a fé
com a família
com amigos
para além do viver
simplesmente
Este poema está publicado no http://www.blocosonline.com.br/literatura/autor_poesia.php?id_autor=3030&flag=nacional
Páscoa, Nova Vida
recomeço
Páscoa, repensamento
resgate
Páscoa, nova crença
planos
Páscoa, ida e volta
reencontros
com a fé
com a família
com amigos
para além do viver
simplesmente
Este poema está publicado no http://www.blocosonline.com.br/literatura/autor_poesia.php?id_autor=3030&flag=nacional
Alegria

Onde está minha alegria?
Em que esquina da vida
Ela ficou esquecida?
largada?
perdida?
Vou encontrá-la...
Ainda consigo tê-la
Deve estar abandonada
em escadas escuras
buscando luz
Onde está minha alegria?
Posso encontrá-la dentro de mim
no convívio com os outros
nas pequenas realizações
nos olhares infantis
nas brincadeiras do dia-a-dia
Vou encontrá-la
libertá-la, pegá-la
e soltá-la
para contaminar.
Alegria presa é tristeza
Em que esquina da vida
Ela ficou esquecida?
largada?
perdida?
Vou encontrá-la...
Ainda consigo tê-la
Deve estar abandonada
em escadas escuras
buscando luz
Onde está minha alegria?
Posso encontrá-la dentro de mim
no convívio com os outros
nas pequenas realizações
nos olhares infantis
nas brincadeiras do dia-a-dia
Vou encontrá-la
libertá-la, pegá-la
e soltá-la
para contaminar.
Alegria presa é tristeza
Sono e Insônia
Basta me deitar
para que o sono se vá
e as idéias venham
Falas e diálogos se embrenham
E se misturam
a imagens e histórias
notórias
O pensamento
me enche e preenche
de internas vozes
até que o sono volte
me adormeça
e lentamente eu goze
Do descanso que mereça
quarta-feira, abril 05, 2006
Escaladas
Eu e Você
Você está ao meu lado
Nossos corpos se tocam
E... te sinto tão distante
Quando você está longe
Te percebo mais próximo
Estranho
Esta distância entre nós
Que sinto tão real
Me parece sem igual
Não somos mais nós
Somos Eu e Você
Sós
Nossos corpos se tocam
E... te sinto tão distante
Quando você está longe
Te percebo mais próximo
Estranho
Esta distância entre nós
Que sinto tão real
Me parece sem igual
Não somos mais nós
Somos Eu e Você
Sós
Trocas
Troco meu amor
Por seu carinho
Troco minha cama
Por seu colo
Pra não ficar sozinha
Troco meu conforto por presença
Troco por seus beijos
Todos os outros desejos
Só não troco a liberdade conquistada
Por prisão dourada
É minha crença
Estarmos juntos por prazer
Por seu carinho
Troco minha cama
Por seu colo
Pra não ficar sozinha
Troco meu conforto por presença
Troco por seus beijos
Todos os outros desejos
Só não troco a liberdade conquistada
Por prisão dourada
É minha crença
Estarmos juntos por prazer
Casulo
Aprendi a me esconder
E está difícil desaprender
Parece inseguro
Sair do casulo
Desmanchar as amarras
Libertar meu corpo,
Meu tudo
Viver, conviver
E manter-me singular
Maria Angélica/Bilá
E está difícil desaprender
Parece inseguro
Sair do casulo
Desmanchar as amarras
Libertar meu corpo,
Meu tudo
Viver, conviver
E manter-me singular
Maria Angélica/Bilá
Crescimento
Subir as escadas
Um degrau por vez
Sentir a textura
Curtindo o contato
Encontrar um sentido
Em cada etapa da subida
Cair... levantar...
Quando chegar
Saber que viveu
Serenidade
Sair de casa à toa
Caminhar a pé
Olhar em volta sem medo
Cumprimentar pessoas
Indiscriminar
Ter fé
Andar sem rumo
Observar belezas
Esquecer as horas
Colher amoras
Sujar os dedos...
Colorir os lábios
Despreocupar
Introjetar extrovertir
Sorrir com alegria
Estar e viver em paz
É simples
E sereno
Cicatrizes
Não procuramos
Ter feridas
Porém, muitas vezes
Não conseguimos
Evitá-las
Ficam as cicatrizes
Sinal da saúde
Do organismo
Ficam as cicatrizes
Lembrança
De que o corpo reagiu.
O problema existe
Quando as feridas
Não fecham
E não sabemos
Por que... para que
Precisamos mantê-las
Abertas... sangrando
E nos lembrando
Não da saúde do corpo
Mas da doença
Que se mantém a
Machucar-nos
sexta-feira, março 24, 2006
Tecendo noite em BH
Estrelas artificiais
se espalham
A cidade se estende
à frente
escala montanhas,
tantas
e tamanhas
Em meio ao escuro
mar
de pisca-piscas
reluzentes
como varais de luzes
ficam a
brilhar
Noite de nuvens no espaço
Noite de estrelas na Terra
em Beagá
se espalham
A cidade se estende
à frente
escala montanhas,
tantas
e tamanhas
Em meio ao escuro
mar
de pisca-piscas
reluzentes
como varais de luzes
ficam a
brilhar
Noite de nuvens no espaço
Noite de estrelas na Terra
em Beagá
Descanso
Descanso
no rádio
música
relaxa
hora após hora
o sono se perde
melodia sonora
hipnótica
se entranha
olhos se cerram
ao externo
no interno
adormecem
no rádio
música
relaxa
hora após hora
o sono se perde
melodia sonora
hipnótica
se entranha
olhos se cerram
ao externo
no interno
adormecem
Vistas
Passeio de Domingo
do metrô se avista BH
e seus contrastes
aqui pequenas favelas
e seus trastes
ali prédios, janelas
e do Curral a serra
beirando a linha
plantas, cavalo, mato
represado o Arrudas
ribeirão contaminado
viadutos
via expressa
estação rodoviária
desço nesta e
sigo a pé
por ruas do centro
na direção do
horizonte, belo
Da Janela
Quando se acorda cedo
nesses tempos de inverno
pode-se alcançar
o despertar do dia
É tímido o sol, não urge
chega mais tarde
porém quando surge
atrás da Serra do Curral
há uma explosão de luz
cobre serra, prédios, vegetação
se descerra em manto
se conduz sobre os bairros
gera luz e sombra
forma um quadro móvel
natural obra de arte
que se vê em todo alvorecer
da janela
nesses tempos de inverno
pode-se alcançar
o despertar do dia
É tímido o sol, não urge
chega mais tarde
porém quando surge
atrás da Serra do Curral
há uma explosão de luz
cobre serra, prédios, vegetação
se descerra em manto
se conduz sobre os bairros
gera luz e sombra
forma um quadro móvel
natural obra de arte
que se vê em todo alvorecer
da janela
Capital Humanizada
Morar na capital
sentir-me no interior
sentir-me no interior
Morar na capital
ser reconhecida
reconhecer
pessoas que passam
pelas ruas
cumprimentar e conversar
perguntar pela saúde da avó
pelo rendimento escolar do filho
dar notícias do senhor da esquina
que passou mal
mas já melhorou
Morar na capital
e encontrar a casa dos amigos
sem saber o número ou
o nome da rua
Morar na capital
e ter como referências
de localização
um sinal
( mais que mapas e plantas)
pessoas e lugares comuns:
mercado, farmácia
pessoas e lugares comuns:
mercado, farmácia
banca de revistas
a lanchonete onde
se faz suco de açaí
próxima ao Banco onde o gerente
se chama Jaci
Ainda é assim a BH dos mineiros
que se recusam a serem
engolidos e mecanizados
pela modernidade
na metrópole que cresce
ligeira
a lanchonete onde
se faz suco de açaí
próxima ao Banco onde o gerente
se chama Jaci
Ainda é assim a BH dos mineiros
que se recusam a serem
engolidos e mecanizados
pela modernidade
na metrópole que cresce
ligeira
Mantêm a cidade
a serviço dos seres humanos,
faceira
Braços Abertos
Olha moço
que bela cidade
se descortina
à frente de nossos passos
Parece menina!
que bela cidade
se descortina
à frente de nossos passos
Parece menina!
Depois da chuva
livre do pó
a cidade remoça
Veja as pessoas
caminhando
tranqüilas.
Não é dia de trabalho.
Alguns trabalham
ambulando
suas mercadorias
próximo à rodoviária.
Não há pressa
o dia é longo
Quase deserta
a cidade recebe
o visitante
e o habitante
que regressa
à capital
Belo Horizonte
recebe
de braços
abertos.
sábado, março 18, 2006
Ensinanças
Deixar que meu saber
apareça
e o outro
o conheça
Escutar do outro
o saber
entrelaçá-los
tecer
informes novos
meus e deles
Retornar com
outros saberes
num vai-vém
de aprender
apareça
e o outro
o conheça
Escutar do outro
o saber
entrelaçá-los
tecer
informes novos
meus e deles
Retornar com
outros saberes
num vai-vém
de aprender
Ausência
Não se presentifica
ausência
pelo olhar
Se faz presença
nas marcas internas
que insistem
marcar presença
da ausência
ausência
pelo olhar
Se faz presença
nas marcas internas
que insistem
marcar presença
da ausência
Resgate
Viagem
Desde criança
Me fascina viajar
E ver como me enganam
os olhos
A vegetação e o solo
Passam rápido por nós
E ficam
Presos ao lugar
Eu, parada, me movo
E vou à frente
Me movimento saindo
Sem sair do lugar
Me fascina viajar
E ver como me enganam
os olhos
A vegetação e o solo
Passam rápido por nós
E ficam
Presos ao lugar
Eu, parada, me movo
E vou à frente
Me movimento saindo
Sem sair do lugar
sexta-feira, março 17, 2006
SABER HIPERATIVO
Curiosidade
investigativa
ativa
percepção aguçada
criatividade aflorada
criança que
quer aprender
enquanto trabalha,
fala, fala... fala...
se esvazia de angústia?
interage
consigo mesma
fica/está
plena de saberes?
algo angustia essa criança?
perguntas
que quer fazer
adultos que
não querem escutar?
o que angustia essa criança?
saberes
que quer mostrar
escola que
não quer ver?
tem medos essa criança?
de passar despercebida
por famílias hiperativas
tempo contado
marcado
até para rir
brincar
ter lazer e aprender?
com o tempo todo
ocupado
o que menos têm é
tempo
para atender
à inteligência
ativa,
questionadora,
desperta
da criança em crescimento
que faz a essa criança
a escola que
-o quê-
lhe ensina?
a não dizer as perguntas?
a repetir
o adulto?
a não questionar
nosso mundo?
que faz essa criança?
se defende
hiperativa?
o que revela,
desvela?
a desatenção
do olhar adulto
a surdez
da nossa escuta?
Que sadia ela deve ser!
Pode
com a falta de atenção
e a hiperatividade
na escola
chamar a atenção
de quem pouco a vê
e escuta
tirar da comodidade
mudar as atitudes
Fases
Tenho fases de euforia
e fases de calmaria
ao traduzir, em poemas,
a poesia
Estou em descanso
atualmente
Minha mente está mansa
do que sente
Se o coração palpita
é na escrita em versos
que marco as batidas
desconexas
Recordo e
revivo em palavras
o que vivo
Março/2006
e fases de calmaria
ao traduzir, em poemas,
a poesia
Estou em descanso
atualmente
Minha mente está mansa
do que sente
Se o coração palpita
é na escrita em versos
que marco as batidas
desconexas
Recordo e
revivo em palavras
o que vivo
Março/2006
Relaxamento
Na página em branco
da revista
escrevi meu poema
A página em branco
um convite
não só ao instante
de relaxamento
um convite à mente aberta
desperta
Deixar sair
por breve momento que seja
a poesia interna
E, veja!! O pensamento
que se externa
na página em branco
da revista
se registra
se eterniza
Só
Um sofá
uma casa
o silêncio
energia e tranqüilidade
pernas pro ar
nenhum compromisso
é fim de semana
estou só
e gosto disso
Incertezas
Há que mudar valores
para aceitar
o que me ofereces
Não é simples
como parece
ocultar os amores
Pode ser excitante
sentimentos
à flor-da-pele
sabor de proibido
estimulando a libido
Há um lado frustrante
com o qual ainda não lido
Manter para nós apenas
–um quê de mescenas –
que guarda paixão sentida
os seus ainda não são
os meus motivos
Palpitações
Palpitações
Vem nascendo
Adolescendo
Sentimentos
No corpo adulto
Vem crescendo
Pouco a pouco
Um novo amor
Vem brotando
Palpitantes
Emoções
Vem insônia
Conseqüência
Dessa excitação
MariaAngélica/Bilá
Vem nascendo
Adolescendo
Sentimentos
No corpo adulto
Vem crescendo
Pouco a pouco
Um novo amor
Vem brotando
Palpitantes
Emoções
Vem insônia
Conseqüência
Dessa excitação
MariaAngélica/Bilá
quarta-feira, março 15, 2006
Enlace
Amigo que veio
enlaçado na poesia
tão longe o físico
tão próximo nos temas
que nos inspiram
As madrugadas nos encontram
teclando palavras
com força de expressão
leveza de dançarina
calor de inspiração
Através desses poemas
quem sabe se suporta
a distância, as ausências
de forma mais amena
Desejo-lhe muita força
que encontre a paz em você
a cada e em todo minuto
que possa distribuí-la
mesmos em doses diminutas
Há de fazer diferença
enlaçado na poesia
tão longe o físico
tão próximo nos temas
que nos inspiram
As madrugadas nos encontram
teclando palavras
com força de expressão
leveza de dançarina
calor de inspiração
Através desses poemas
quem sabe se suporta
a distância, as ausências
de forma mais amena
Desejo-lhe muita força
que encontre a paz em você
a cada e em todo minuto
que possa distribuí-la
mesmos em doses diminutas
Há de fazer diferença
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